Desmontagem e Montagem – Taurus PT 51 ou Beretta 950 B

Manual de Desmontagem e Montagem das Pistolas Taurus PT 51 ou Beretta 950 B

Super manual contendo 160 páginas com 310 fotos coloridas e de excelente qualidade abordando a desmontagem e montagem completa de qualquer uma das marcas (ambas são iguais), seja no calibre 6,35 mm Browning (.25 auto) ou calibre 22 curto (short).

Acompanha no material a vista explodida da pistola com a respectiva lista de peças e sua nomeclatrura.

Arquivo em formato PDF, enviado após a confirmação do pagamento bancário.

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Sobre as pistolas Taurus PT 51 e Beretta 950 B

A pistola BERETTA 950 B

A Beretta 950 B é uma pistola semiautomática, de ação simples, projetada e feita pela fabricante de armas de fogo italiana Pietro Beretta desde 1952, que estabeleceu uma bem sucedida linha de pistolas de bolso pequenas e compactas, projetadas para autodefesa com uma manutenção simples e bem confiável.

De origem italiana, mas também fabricada no Brasil e nos USA, medindo apenas 115 mm (versão menor), a Beretta 950 B foi fabricada nos calibre 6,35 mm Browning (25 ACP) e 22 curto (short). A armação (chassi) é feita de liga de alumínio, o ferrolho (slide) e o cano são feitos de aço carbono. Seu peso é de 280 gramas. O aparelho de pontaria é composto de uma alça e massa de mira fixa e bastante discretas, mas que não chega a ser nenhum problema visto quê, o uso dessas pistolas é para distâncias muito curtas.

Essa pistola foi projetada exclusivamente para defesa pessoal, onde a arma pode ser escondida facilmente no bolso ou alguma parte onde não atraia atenção. Por ter dimensões pequenas, pessoas com mãos grandes possuem dificuldade em segurá-la.

A versão no calibre 6,35 mm Browning / 25 ACP foi melhor aceita no mercado devido a maior confiabilidade de suas munições que além de serem jaquetadas e um pouquinho mais forte, o cartucho usa espoleta de fogo central enquanto que no calibre 22 short, a espoleta é do tipo rimfire (fogo circular), mais fáceis de apresentar problemas de falhas. A 950 B no calibre 22 short também tinha a desvantagem de comportar menos munições no carregador.

O projeto da Beretta 950 B era considerado bastante simples e o custo de fabricação era bastante reduzido. A arma possui duas peculiaridades: a primeira é que para municiar a pistola não é necessariamente preciso puxar o ferrolho para trás e soltar, fazendo com que a força da mola do ferrolho leve a munição para câmara e depois seja necessário desarmar o cão. Basta somente bascular o cano, inserir um cartucho na câmara vazia e em seguida fechá-lo. Vale dizer aqui que antes de fazer essa operação através do basculamento do cano, o correto é deixar antes o martelo (cão) da pistola já travado na posição de descanso para então colocar o cartucho na câmara e em seguida fechar o cano.

A segunda peculiaridade dessa pistola é que ela não tem extrator. Ela usa a própria força dos gases para extrair as cápsulas dos cartuchos deflagrados. Dessa maneira, se a munição que está na câmara não for deflagrada é necessário bascular o cano e retirá-la e então, fazer um novo remuniciamento.

Com relação a segurança, esse modelo da Beretta além de possibilitar fazer o carregamento da arma da maneira acima explicada, possui também uma meia trava do cão do tipo half cock que nada mais é do que deixar o cão na posição de descanso, conforme informado anteriormente. Esta função serve para evitar tiros acidentais em função de queda da arma caso o cão esteja encostado no percussor e a câmara com munição. Quando cão está encostado no percussor, deve-se puxá-lo um pouquinho para trás (questão de milímetros) até ouvir um clique típico do travamento. Por isso a necessidade de se fazer o procedimento sem munição na câmara, para maior segurança. Feito isso, o gatilho também estará travado.

Uma curiosidade sobre essa pistola é que nos EUA, juntamente com várias outras pistolas europeias pequenas e finas, o Modelo 950 B foi pego em 1968 pelas novas restrições de importação americana e foi banida por causa de seu tamanho pequeno e também por não ter uma trava externa. Então, em 1978, a empresa JL Galef e a Beretta organizaram a produção da pequena Beretta de forma aprimorada, agora como Modelo 950 BS na fábrica da Firearms International em Accokeek, Maryland, numa instalação que mais tarde se tornou a Beretta USA, Incorporated.
Esse aprimoramento foi a inclusão de uma trava de segurança externa, mais precisamente no lado esquerdo da pistola.

Nos EUA os modelos da linha 950 são conhecidos por 950 BS Jetfire (calibre .25 AUTO / 6,35 mm Browning) e 950 BS Minx (calibre 22 short).
Assim como na Itália, no Brasil e nos EUA a Beretta fabricou a pistola com um tamanho de cano mais longo nos dois calibres.

O modelo 950 B de fabricação brasileira foi produzido em uma instalação da Beretta aqui Brasil entre os anos 1970 e 1980 com ferramental e supervisão da fábrica italiana. Essas armas eram idênticas em todos os aspectos às fabricadas na Itália, incluindo as marcações no slide esquerdo. No lado direito do slide, estavam marcados “MADE IN BRAZIL” e algumas dessas pistolas chegaram a ser importadas até para os Estados Unidos.

Ficha técnica

Tipo – Pistola
Modelo – Beretta 950 B
Local de origem – Itália. Posteriormente fabricada nos EUA e Brasil
Fabricante – Pietro Beretta
Período de produção – 1952-2003
Peso – 280 gramas
Comprimento total – 115 mm
Comprimento do cano – 60 mm (95 mm na versão de cano longo)
Largura – 23 mm
Altura – 85 mm
Calibre – 6.35 mm Browning (.25 ACP)
Capacidade – carregador de 8 cartuchos + na câmara
Ação Blowback – Recuo livre simples

A pistola TAURUS PT 51

A pistola Taurus PT 51 é uma cópia exata da pistola Beretta 950 B que era feita pela fabricante italiana aqui no Brasil na cidade de São Paulo durante os anos 70 a 80.
Nos anos 80 a Beretta encerrou um contrato com o exército Brasileiro para fornecimento de suas Pistolas modelo M92 (forneceu cerca de 40 mil pistolas para as forças armadas) e vendeu o maquinário para a Taurus que passou a fabricar as M92 (Designação militar da PT 92) e outras pistolas que a Beretta também fabricava, como a Beretta 950 B. Isso foi feito sem a necessidade de uma licença e eles também não teriam que pagar royalties, porque as patentes já haviam expirado.

A Taurus renomeou as pistolas, passando então o Modelo 950 B da Beretta se chamar Taurus PT 51.

Assim como a Beretta 950 B, ela foi uma arma bastante popular aqui no Brasil pelo seu pequeno tamanho, mas nunca foi uma arma indicada para defesa pessoal (apesar de ter sido feita para isso) devido seu calibre 6,25 mm Browning (.25 auto) ter um baixo poder de parada (stopping power).

Tanto a Beretta 950 B como a Taurus PT 51 é comumente utilizada como 2ª e às vezes até como 3ª arma (backup).

Não iremos abordar mais informações sobre a Taurus PT 51, pois como falamos anteriormente, é uma cópia exata da Beretta 950 B e sua ficha técnica e demais informações sãos as mesmas, inclusive a desmontagem e montagem.

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