Curso de Tatuador Profissional

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  • Descrição

    Curso de Tatuador Profissional

    E-book com informações técnicas para que você possa atuar ou aprimorar-se na área na área.

    Diversos temas são abordados, tais como:

    – Fundamentos da Tatuagem
    – Desenhos
    – Equipamentos e materiais utilizados
    – Procedimentos para tatuadores
    – O Estúdio
    – Higiene para o cliente e para o estúdio
    – A Pele
    – Raspagem de pelos
    – Esterilização
    – As tintas utilizadas
    – Os processos das tatuagens
    – Escolha das imagens que irão ser tatuadas
    – Os decalques das tatuagens de sua aplicação
    – Contorno das tatuagens
    – Sombreamento (incluindo técnicas e dicas)
    – Preenchimento (pintura da tatuagem)
    – Realismo e suas técnicas
    – Efeito de luz
    – Tipos de tintas
    – A máquina para o tatuador, regulagem e ajustes.
    – As agulhas
    – Processo de soldagem das agulhas
    – Os stenceis
    – Centenas de modelos de desenhos e stenceis para que você faça seu book (catálogo).
    – Primeiros socorros
    – Dicas,
    – Etc.

    Ao todo são mais de 630 páginas repletas de pura informação para que você seja um tatuador profissional.

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    Você sabia

    A tatuagem é uma das formas de modificação do corpo mais conhecidas e cultuadas do mundo. Trata-se de uma arte permanente feita na pele humana que, tecnicamente, consiste em uma aplicação subcutânea obtida através da introdução de pigmentos por agulhas. Esse procedimento, durante muitos séculos, foi completamente irreversível (embora, dependendo do caso, as técnicas de remoção atuais possam deixar cicatrizes e variações de cor sobre a pele). A motivação para os cultuadores dessa prática é ser uma obra de arte viva e temporal tanto quanto a vida.

    Primeiras tatuagens

    Gravura maori de um rosto tatuado, prática comum deste povo.
    Existem muitas provas arqueológicas que afirmam que tatuagens foram feitas no Egito entre 4000 e 2000 a.C. e também por nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia (maori),tatuavam-se em rituais ligados a religião.[1] Os Ainu, um povo indígena do norte do Japão, tradicionalmente tinham tatuagens faciais, assim como os austro-asiáticos. Hoje, pode-se encontrar em diversas etnias espalhadas pelo mundo o costume de se utilizar tatuagens faciais, entre estes povos tem se os berberes do Norte da África, os iorubas, os fula e hauçás da Nigéria e os Māori da Nova Zelândia.[2]

    Múmias tatuadas foram recuperadas de pelo menos 49 sítios arqueológicos, incluindo locais na Groenlândia, no Alasca, na Sibéria, na Mongólia, no oeste da China, no Egito, no Sudão, nas Filipinas e nos Andes.[3] Estes incluem Amunet, Sacerdotisa da Deusa Hathor do antigo Egito (c. 2134-1991 aC), múltiplas múmias da Sibéria, incluindo a cultura Pazyryk da Rússia e de várias culturas em toda a América do Sul pré-colombiana.[4] Em 2015, a reavaliação científica da idade das duas mais antigas múmias tatuadas conhecidas, identificou Ötzi como o exemplo mais antigo atualmente conhecido. Este corpo, com 61 tatuagens, foi encontrado embutido em gelo glacial nos Alpes, e datado de 3.250 aC.[4][4]

    Tatuagens na Europa Antiga e Medieval

    Os registos escritos em grego sobre tatuagens datam de pelo menos o século V a.C. Os antigos gregos e romanos usavam tatuagens para penalizar escravos, criminosos e prisioneiros de guerra. Embora conhecida por estes, a tatuagem decorativa era desprezada e a tatuagem religiosa continuou sendo utilizada quase que exclusivamente no Egipto e na Síria após a anexação romana.[5] Porém mais tarde os romanos da antiguidade tardia também passaram a ter o costume de tatuar soldados e fabricantes de armas, uma prática que continuou no século IX.

    As tribos germânicas, celtas e outras tribos da Europa central e setentrional pré-cristã possuíam o costume de utilizar tatuagens, de acordo com registros sobreviventes, mas também pode ter sido tinta normal. Os pictos da Escócia podem ter sido tatuados com desenhos elaborados, inspirados na guerra, em preto ou azul escuro (ou, possivelmente, cobre para tons azuis). Júlio César descreveu essas tatuagens no Livro V de sua obra Guerras da Gália (54 aC). No entanto, estas podem ter sido marcas pintadas em vez de tatuagens.[6]

    Amade ibne Fadalane escreveu sobre o seu encontro com uma tribo escandinava da Rússia no início do século 10, descrevendo-os como tatuados de “unhas a pescoço” com “padrões de árvore azul escuro” e outras “figuras”.[7] No entanto, isso também pode tem sido pintado, uma vez que a palavra usada pode significar tatuagem e pintura.

    Durante o processo gradual de cristianização na Europa, as tatuagens eram muitas vezes consideradas elementos remanescentes do paganismo e geralmente proibidas legalmente. A Igreja na Idade Média baniu a tatuagem da Europa (Em 787, ela foi proibida pelo Papa), sendo considerada como uma prática demoníaca, comumente caracterizando-a como prática de vandalismo no próprio corpo, afirmando em sua doutrina como maneira de vilipendiar o templo do Espírito Santo, o corpo, levando seus fiéis a uma forma verdadeiramente reta de louvor a Deus. Esta posição da Igreja nesta época veio a partir de uma interpretação do livro de Levítico, um livro do Antigo Testamento. De acordo com Robert Graves em seu livro “The Greek Myths”, a tatuagem era comum entre certos grupos religiosos no antigo mundo mediterrâneo, o que pode ter contribuído para a proibição da tatuagem entre os judeus, como se pode-se ver no terceiro livro da Torá, o Levítico.

    Origem

    Roshi Ensei, com todo o seu corpo tatuado e com uma pesada bengala na mão. Utagawa Kuniyoshi, também conhecido como Ichiyusai (1797-1861), artista japonês da escola ukiyo-e.
    O termo tatuagem, pelo francês tatouage e, por sua vez, do inglês tattoo, tem sua origem em línguas polinésias (taitiano) na palavra tatau [8] e supõe-se que todos os povos circunvizinhos ao Oceano Pacífico possuíam a tradição da tatuagem além das dos Mares do Sul.

    O pai da palavra “tattoo” que conhecemos atualmente foi o capitão James Cook (também descobridor do surf), que escreveu em seu diário a palavra “tattow”, também conhecida como “tatau”(era o som feito durante a execução da tatuagem,em que se utilizavam ossos finos como agulhas e uma espécie de martelinho para introduzir a tinta na pele).Com a circulação dos marinheiros ingleses a tatuagem e a palavra Tattoo entraram em contato com diversas outras civilizações pelo mundo novamente.Porém o Governo da Inglaterra adotou a tatuagem como uma forma de identificação de criminosos em 1879, a partir daí a tatuagem ganhou uma conotação fora-da-lei no Ocidente.

    O primeiro tatuador profissional documentado na Grã-Bretanha foi estabelecido no porto de Liverpool na década de 1870. Na Grã-Bretanha, a tatuagem ainda estava amplamente associada aos marinheiros e à criminosos, mas a partir da década de 1870, se tornara moda entre alguns membros das classes superiores, incluindo a realeza.[9] Porém uma clara divisão de opiniões sobre a aceitabilidade da prática continuou por algum tempo na Grã-Bretanha.

    Inúmeras personalidades históricas, tais como: o Czar Nicolau II da Rússia; o Kaiser Guilherme II da Alemanha; a Rainha Vitória do Reino Unido; os Presidentes americanos James K. Polk, Theodore Roosevelt e Andrew Jackson; o Primeiro-ministro Britânico Winston Churchill; os escritores George Orwell e Dorothy Parker; o inventor Thomas Edison; o Rei Haroldo II de Inglaterra; o Rei Eduardo VII do Reino Unido; etc.; também tiveram tatuagem.

    Aparelho elétrico

    Em 1891, Samuel O’Reilly desenvolveu um aparelho elétrico para fazer tatuagens, baseado em outro aparelho extremamente parecido que havia sido criado e patenteado pelo próprio Thomas Edison. A invenção da máquina de tatuagem elétrica causou um aumento da popularidade de tatuagens. A máquina tornou o procedimento de tatuagem muito mais fácil.

    Durante a Segunda Guerra Mundial, a tatuagem foi muito utilizada por soldados, marinheiros e pilotos, que gravavam o nome da pessoa amada nos seus corpos. Desde a década de 1970, as tatuagens tornaram-se uma parte dominante da moda ocidental, comum entre os dois sexos, para todas as classes econômicas e para grupos etários desde o início da idade adulta (18 anos) até a meia-idade.

    Tatuagem no Brasil

    No Brasil a tatuagem elétrica é uma arte muito recente, surgiu em meados dos anos 60 na cidade portuária de Santos e foi introduzida pelo dinamarquês Knud Harld Lucky Gregersen (também conhecido como Lucky Tattoo), que teve sua loja nas proximidades do cais, onde na época era a zona de boemia e prostituição da cidade de Santos.[19]

    Isto contribuiu bastante para a disseminação de preconceitos e discriminação da atividade. A localização da loja era zona de intensa circulação de imigrantes embarcados, muitas vezes bêbados, arruaceiros e envolvidos com drogas e prostitutas; gerando um estigma de arte marginal que perdurou por décadas.

    Hoje em dia, devido à circulação de informação pela televisão e por meios de comunicação como a internet, a tatuagem vem atingindo todas as camadas das populações brasileiras sem distinções.

    Temas

    Os temas são infinitos e variam tanto quanto as personalidades – dos tatuadores e tatuados. As motivações são inúmeras, e não há uma forma definida ou percurso que explique o desejo e sua efetivação na realização da tatuagem, um evento a princípio antinatural (biologicamente). Portanto considera-se um movimento do ser simbólico-social, que supera o instinto de autopreservação, uma característica absolutamente humana.

    O contexto, o ambiente, a época, o nível cultural, as influências, modismos, ideologias, crença e espírito despojado são alguns dos níveis que podem dar vazão ao processo. Nenhuma teoria psicológica, psicanalítica, religiosa, antropológica ou médica apresenta uma explicação exclusiva e final para a tatuagem. Considera-se um movimento complexo sobredeterminado, desde sua origem histórica até o contínuo uso na contemporaneidade.

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